terça-feira, 4 de setembro de 2012

Período histórico de elaboração da Obra


Enquanto Euclides da Cunha escrevia Os Sertões, acontecia na época uma das maiores revoltas da história, a Guerra de Canudos.

A situação do Nordeste brasileiro, no final do século XIX, era muito precária. Fome, seca, miséria, violência e abandono político afetavam os nordestinos, principalmente a população mais carente. Toda essa situação, em conjunto com o fanatismo religioso, desencadeou um grave problema social. Em novembro de 1896, no sertão da Bahia, foi iniciado este conflito civil. Esta durou por quase um ano, até 05 de outubro de 1897, e, devido à força adquirida, o governo da Bahia pediu o apoio da República para conter este movimento formado por fanáticos, jagunços e sertanejos sem emprego.
O beato Conselheiro, homem que passou a ser conhecido logo depois da Proclamação da República, era quem liderava este movimento. Ele acreditava que havia sido enviado por Deus para acabar com as diferenças sociais e também com os pecados republicanos, entre estes, estavam o casamento civil e a cobrança de impostos. Com estas idéias em mente, ele conseguiu reunir um grande número de adeptos que acreditavam que seu líder realmente poderia libertá-los da situação de extrema pobreza na qual se encontravam. 
Com o passar do tempo, as idéias iniciais difundiram-se de tal forma que jagunços passaram a utilizar-se das mesmas para justificar seus roubos e suas atitudes que em nada condiziam com nenhum tipo de ensinamento religioso; este fato tirou por completo a tranqüilidade na qual os sertanejos daquela região estavam acostumados a viver. 
Devido a enorme proporção que este movimento adquiriu, o governo da Bahia não conseguiu por si só segurar a grande revolta que acontecia em seu Estado, por esta razão, pediu a interferência da República. Somente no quarto combate, onde as forças da República já estavam mais bem equipadas e organizadas, os incansáveis guerreiros foram vencidos pelo cerco que os impediam de sair do local no qual se encontravam para buscar qualquer tipo de alimento e muitos morreram de fome. O massacre foi tamanho que não escaparam idosos, mulheres e crianças.

Conclusão : Esta revolta, ocorrida nos primeiros tempos da República, mostra o descaso dos governantes com relação aos grandes problemas sociais do Brasil. Assim como as greves, as revoltas que reivindicavam melhores condições de vida (mais empregos, justiça social, liberdade, educação etc), foram tratadas como "casos de polícia" pelo governo republicano. A violência oficial foi usada, muitas vezes em exagero, na tentativa de calar aqueles que lutavam por direitos sociais e melhores condições de vida.

Imagens relacionadas com o livro










segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Resumo do Livro : O sertão vai virar mar

A história começa em uma cidade da Bahia chamada Sertãozinho de baixo próxima a antiga Vila Canudos. Nela Gui, Gê, Queco e Martinha recebem a tarefa de criar algo para a Semana da Cultura. O professor de história lhes apresenta o livro ''Os Sertões''. E já que eles se apaixonam pelo livro possuem a grande ideia de   fazer um debate sobre ele na Semana da Cultura. Enquanto isso chega a cidade um desconhecido chamado e conhecido como Jesuíno pregador que começa a arrebatar fiéis com a sua profecia sobre ''O sertão virar mar'' para uma Vila e área mais pobre da cidade conhecida como Vila Buraco incomodando as pessoas poderosas da região que pressionam cada vez mais e mais a polícia para intervir na situação. Contrapondo-se aos acontecimentos, os alunos tentam ler e entender a obra de Euclides da Cunha, mas percebem que possuem grande dificuldade quando a linguagem antiga do livro. Apenas com a ajuda do novo aluno conhecido como Zé, mas de nome José Gonçalves que mora na Vila Buraco e é bolsista na escola Horizonte eles avançam na leitura. Enquanto isso a situação do Buraco agravasse mais ainda por atrair milhares e milhares de fiéis com o passar do tempo dos mais diversos municípios e regiões. Devido o grande descontrole da cidade em relação ao movimento existente na Vila Buraco os alunos acabam descobrindo que Zé é filho de Jesuíno e que ele tornara-se beato após um colapso nervoso. Com todas estas discussões o Delegado toma a iniciativa ponderada e após vários atritos e discussões o beato acaba sendo internado para tratamento. Tempos depois o debate na escola é um sucesso e todos chegam a conclusão do que ouve em Canudos poderia ter sido evitado se a população e as autoridades tivessem agido com bom senso.

Personagens do livro ''O Sertão vai virar Mar''


  • Jesuíno: Aparece repentinamente na Vila Buraco (local mais pobre de Sertãozinho de Baixo) pregando profecias apocalípticas e atraindo muitos seguidores com o passar do tempo.


  • Gui (Guilherme Galvão): Filho do delegado Jorge e da enfermeira chefe do hospital de Sertãozinho de Baixo. Forma-se em Medicina quando adulto. É o narrador personagem da história.


  • Gê (Geraldo Camargo): Melhor amigo de Gui.  Quando criança é o presidente do grêmio estudantil. Filho de Henrique (Dono da loja de roupas).  Quando adulto começou a fazer faculdade de Direito, mas desistiu para candidatar-se a vereador municipal.


  • Queco: Amigo de Gui. Filho de Fernando Nogueira (Dono do shopping de Sertãozinho de Baixo), rico, irônico, agressivo e crítico. Quando criança perdeu a candidatura de presidente estudantil para Gê.


  • Martinha: Amigo de Gui, Gê e Queco. Queria ser jornalista. Muito inquieta e extremamente curiosa.


  • Zé(José Gonçalves):  Aluno novo no colégio Horizonte, bolsista. Muda-se de Sertãozinho de Cima para a Vila Buraco para morar com a sua tia. Extremamente tímido e inteligente. Mais tarde se descobre que ele era filho de Jesuíno. Gosta de Martinha.


  • Armando: Professor de História do colégio Horizonte. Muito animado, inteligente e criativo. Apresenta um progama de rádio chamado  ‘’A História Hoje’’.


  • Felisberto de Assis: Prefeito de sertãozinho de Baixo. Homem de muitas ambições. Possuiu a proposta de mudar o nome da cidade para ‘’Novo Sertão’’.

  • Jorge Galvão: Pai de Gui. Delegado na cidade de Sertãozinho de Baixo, muito respeitado por todos. Procura cumprir a justiça sempre.

  • Josino Albuquerque: Publicitário contratado para publicar a campanha que apresenta a proposta de mudar o nome da cidade para ‘’Novo Sertão’’. Carioca e descendente de baianos.


  • Fernando Nogueira: Pai de Queco. Dono do shopping de Sertãozinho de Baixo. Exercia grande poder na cidade.



  • Cíntia: Mulher de Armando. Ajuda Gui, Gê, Queco, Martinha e Zé com o trabalho para a ‘’Semana da Cultura’’.


  • Rafaela: Irmã de Martinha.


  • Padre Lucas: Jovem sacerdote.


  • Pedro: Delegado auxiliar.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Sobradinho - Sá e Guarabira


Livro ''Os Sertões''

                                                    

Estas duas partes são essencialmente descritivas, pois na verdade "armam o palco" e "introduzem os personagens" para a verdadeira história, a Guerra de Canudos, relatada na terceira parte, A Luta. A Luta é uma descrição feita pelo jornalista e ser humano Euclides da Cunha, relatando as quatro expedições a Canudos, criando o retrato real só possível pela testemunha ocular da fome, da peste, da miséria, da violência e da insanidade da guerra.
Retratando minuciosamente movimento de tropas, o autor constantemente se prende à individualidade das ações e mostra casos isolados marcantes que demonstram bem o absurdo de um massacre que começou por um motivo tolo - Antônio Conselheiro reclamando um estoque de madeira não entregue - escalou para um conflito onde havia paranóia nacional pois suspeitava-se que os "monarquistas" de Canudos, liderados pelo "famigerado e bárbaro Bom Jesus Conselheiro" tinham apoio externo. No final, foi apenas um massacre violento onde estavam todos errados e o lado mais fraco resistiu até o fim com seus derradeiros defensores - um velho, dois adultos e uma criança.


sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Tirinhas com Relação a Canudos







http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://joseaguiar.com.br/blog/wp-content/uploads/2008/06/canudos.jpg&imgrefurl=http://filosofandoehistoriando.blogspot.com/2009_05_01_archive.html&h=439&w=450&sz=85&tbnid=qBokNIz9jnCPoM:&tbnh=90&tbnw=92&zoom=1&usg=__VyAB7xn_ZZapG30PCT7D5PHps74=&hl=pt-BR&sa=X&ei=wMo_ULedMKXx6AHj34D4Dw&ved=0CC8Q9QEwAw&dur=450


A Revolta de Canudos

É a história real do arraial de Canudos, construído no sertão da Bahia no século XIX
a arrasado pelos soldados da recém criada República. Antonio Conselheiro,
 figura misteriosa com discurso e postura messiânicos reuniu os desiludidos durante
 anos de peregrinação. Seu discuso monarquista atraiu a ira do governo, que decidiu
arrasar a cidade. Canudos resistiu bravamente até ser totalmente arrasada do mapa
pelas forças do exército num dos episódios mais sangrentos da história do Brasil.Este
é um álbum que foi publicado em 2008 pela editora Escala Educacional